Em Setembro: lê as entrevistas EXCLUSIVAS aos realizadores Miguel Gonçalves Mendes, Gonçalo Almeida e ainda ao Director do MOTELX Pedro Souto! =D

sexta-feira, 15 de abril de 2016

1ªVez Parque Mayer

Boas!

Domingo passado fui, pela primeira vez, ver uma revista e ainda para mais, no Parque Mayer.

Um casal amigo da minha mãe, ganhou dois bilhetes duplos para a revista e resolveram convidar-nos. A minha resposta foi imediatamente "Sim!"e lá fomos, mas eu estava doente. Recordar-se-ão certamente, da época da Páscoa em que estava doente e, agora voltou a gripe - tenho uma colega de turma com Pneumonia e só espero não ir pelo mesmo caminho. Hoje estou, imaginem, rouco mas, no domingo, estava com dores de cabeça e corpo e, mesmo assim, fui (antes tomei um ben-u-ron).

Resolveremos ir à Ginja do Rossio, antes de começarmos a subir a Avenida da Liberdade. Nunca tinha provado e... não irei repetir. É muito alcoólica e não gostei muito do sabor...
E como já era quase 21h (hora que devíamos levantar os bilhetes), resolvemos ir andando.

Quando lá entramos, deu para ter noção do brilho e importância que o Parque Mayer tinha para a cidade de Lisboa: Reunia um conjunto de teatros que dava vida (e cor) a um país cinzento e velhaco.

Actualmente o Teatro Variedades
Atualmente o Parque Mayer é composto por: Teatro Variedades (onde foi gravada a série "Grande Noite" do Filipe La Féria - inactivo há anos); Teatro Capitólio (teatro feito de raiz e que foi construído em cima do espaço de outros dois teatros demolidos: Capitólio e ABC); e por fim, Teatro Maria Vitória. Não esquecendo que existe um restaurante (que estava ás moscas), atrás do Teatro Capitólio.
Teatro Maria Vitória
E como já estava quase na hora, resolvemos ir entrando (naquele momento não chovia, uffa!).

O primeiro impacto foi... o cheiro - sim, o teatro é antigo. Fomos convidados a entrar para a plateia e os nossos lugares eram na 4ª fila, lado esquerdo, o que proporcionava ver bem o que se ia passar. Percebemos que as cadeiras estão estupidamente gastas - a minha mãe ia-se afundando na "Poltrona Florbela Queiroz" e lá resolvemos ficar separados - eu e a minha mãe na ponta da 4ª fila, a poltrona da outra ficaria para pôr as malas e a seguir o tal casal amigo. Na minha frente estava a "Poltrona Ribeirinho" - achei uma certa piada às cadeiras por terem nome dos grandes artistas que passavam por lá.

Depois do intervalo, resolvi ir com a minha mãe mais para o meio da 4ª fila, ficando próximo da "Poltrona Camilo de Oliveira". =)
Esta era a vista que tinha para o palco, na 1ª parte.
E o teatro estava mesmo a querer começar! Começou a música e as luzes a piscar.... não não não não - parecia o início de um teatro deprimente em que os seus actores são protagonistas de uma sequela (barata!) de filmes de terror - ficam já avisados do inicio musical! lol Veio o Paulo Vasco dar a noticia que não ia aturar a Alice Pires (por estar doente) mas que ia participar a Yola Dinis - para quem não sabe, a Yola quis representar Portugal na Eurovisão do ano passado, mas perdeu com a música Outra Vez Primavera - que cantou muito bem ao vivo duas canções.

O que vos posso contar da peça? Hmm - HOMENS, carininha, chicha, mastro, vara, rolas - enfim, o que lhes queiram chamar! Admito, enquanto via a peça, só avaliava qual deles é que era o melhor e consegui arranjar um TOP 3 bastante jeitoso! Em primeiro lugar ficou o actor Rúben Dias, segundo Flávio Gil e em terceiro, os dois bailarinos. Fogo, calma - agora vou explicar este meu critério: O Rúben é simples, é mais velho, é giro ao vivo, tem boa dicção e presença; o Flávio é porque acho-o um bocado gay mas também muito engraçado, extremamente bonito e com um certo charme; e, por fim, os bailarinos: bem, um deles (o que na altura tinha barba) era uma florzinha saltitante e um pouco irritante mas o outro, o que tem olhos azuis (que é o mesmo que faz a entrega da pizza durante uma cena) era bastante giro - porque pus os dois? Assim falharei menos, para caso um deles não seja panasca! XD

Aspectos negativos: em certos momentos a peça é ultrapassada. Aliás, não é isso - a peça está muito direccionada a quem lá vai - gente mais velha, habituada a ver uma revista "igual" todos os anos mas... na sala estavam cerca de 30 pessoas a assistir... vale a pena manter as portas abertas para tão pouco publico e direccionado para um publico tão velho? Percebo que não tenham dinheiro para reabilitar o teatro mas... será uma boa estratégia manter o mesmo estilo? Que futuro tem um teatro se não chama os jovens?! Outro aspecto é a "caridadezinha" que nos é impingida no intervalo, por uma funcionária, para comprar livros para ajudar o teatro.... ela faz aquilo com tanto afinco que as pessoas ficam constrangidas e preferem ir para a rua "fumar um cigarro" - por favor!!!!

Aspectos positivos: Mariema. Foi muito bom terem ido buscar esta actriz que tanto me habituei a ver na RTP Memória, aquando da "Grande Noite". Está visivelmente velha mas houve momentos em que me apetecia chorar... quando eles actual, olham em frente e nós, estamos em baixo. Quando ela olhava para baixo, sorria - mas com aquele sorriso que tinha antes. Não sei se sorria para mim (talvez esteja a ser estúpido a pensar desta forma mas, quero lá saber!) mas eu retribuía o sorriso e, por isto, apetecia-me chorar... Ver em cena uma das últimas grandes actrizes foi maravilhoso para mim. Ver novos actores e ver que continuam a trabalhar, apesar de ter mais de 4/5 dos lugares vazios, também é de louvar! =D

Tal como eles pedem: Vão ao teatro.




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

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